sexta-feira, 17 de outubro de 2014

O louco do bem.



Salve nação Tricolor,

Na última quarta-feira o São Paulo enfrentou o Huachipato do Chile pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana, e Álvaro Pereira mesmo tendo jogado pela seleção uruguaia no Oriente Médio, fez de tudo para chegar no Chile o mais rápido possível e defender o time. Jogou os 90 minutos e ainda foi capitão.

Álvaro Pereira vem ganhando cada vez mais pontos com os companheiros, comissão técnica e com a torcida, por sua raça e por sua vontade dentro de campo. Ele já chegou a desmaiar em campo por duas vezes (uma na seleção uruguaia e outra no São Paulo), e mesmo assim se recusou a ser substituído.

Ontem quando perguntado sobre sua atitude tão honrosa de querer jogar de qualquer jeito, ele disse: - Era minha obrigação estar aqui e ajudar os companheiros. Quando vi que dava tempo, fiz questão de avisar que estaria à disposição e queria jogar. O único jeito seria seguir para Santiago, dormir de terça para quarta lá e vir para Concepción hoje. Pedi autorização da comissão técnica para fazer isso e hoje vim jogar. Para mim, não tem nada de diferente, sou funcionário. Tinha de ajudar.

Rogério Ceni, um cara que dá seu sangue e suor por esta camisa reconheceu e exaltou o esforço de Álvaro e até concedeu a braçadeira de capitão a ele: - Deixei o Álvaro Pereira ser capitão por duas coisas: primeiro por ser uruguaio e ter o domínio completo do espanhol. E porque vejo nele um exemplo de superação. Um cara que estava na Ásia, voltou para jogar e ainda mandou mensagem, feliz, dizendo que estava a caminho?! É um exemplo para a equipe.

E ele ainda foi super elogiado até por Muricy, que é osso duro de roer: - Ele poderia ter ficado em São Paulo tranquilo, mas fez questão de vir aqui e colocar a cara para bater. Ele é comprometido, sabia que estávamos com dificuldade até para montar o banco de reservas. E mesmo após tantas viagens, chegou sorrindo no hotel. Caras como ele fazem a diferença para o grupo.

O jogo de Quarta-feira além de render uma bela história como esta, e a vaga paga as quartas de final da Sul-Americana com belos gols de Ganso e Boschilia, serviu também para elevar a auto-estima do grupo, pois foi novamente um jogo sofrido e quase todo jogado com um homem a menos, por conta de uma expulsão injusta de Denilson logo no primeiro tempo, como foi a expulsão de Luís fabiano no jogo de ida aqui no Morumbi.
Além do bom futebol de Álvaro, podemos esperar mais boas loucuras desse cara do bem, que diz que só sai morto de dentro do campo.

Abraço, até mais!

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