quinta-feira, 4 de setembro de 2014

São Paulo faz dois gols de sorte, vence Criciúma e avança na Sul-Americana

Foi difícil, e o São Paulo precisou de uma boa quantidade de sorte para superar o Criciúma por 2 a 0 no Morumbi e avançar à fase internacional da Copa Sul-Americana. O time visitante não se intimidou com o gigantismo do Morumbi (que recebeu 10 mil tímidos torcedores em uma noite fria na capital paulista) e dominou boa parte do jogo. Mas o São Paulo, que precisava da vitória porque perdera o jogo de ida, foi mais efetivo, aproveitou as poucas chances de gol que teve e superou um histórico recente de ser eliminado em casa por clubes de menor expressão em torneios de mata-mata.

O primeiro gol foi fruto do acaso, uma bola resvalada na zaga do Criciúma que venceu o goleiro e ajudou o São Paulo a abrir o placar.  O segundo também só aconteceu por causa de uma dose grande de sorte, nesse caso, de Kaká, que chutou à queima-roupa, o goleiro defendeu, a bola rebateu na canela do são-paulino e rolou de volta para as redes. Sorte que mantém o time na Sul-Americana no torneio que já venceu em 2012 e que dá ao campeão uma vaga na Libertadores.

Fases do jogo: Depois de um começo lento, o Criciúma começou a perceber que era possível fazer algo além de segurar o empate, que lhe favorecia por ter vencido o jogo de ida por 2 a 1. A ameaça vinha principalmente pela esquerda, com boas investidas do lateral Giovanni. Mas um escanteio cobrado por Osvaldo do outro lado desviou no corpo de um zagueiro do Criciúma e entrou no gol, dando a vantagem para o time da casa e invertendo o sentido do jogo.

A partir daí, o São Paulo começou a se sentir mais à vontade e, o Criciúma, precisando correr pelo resultado, se adiantou. Após um chutão da defesa tricolor, a bola chegou a Paulo Henrique Ganso, que, de cara para o gol, teve a frieza e a humildade de tocar a bola para Kaká. O meio-campista marcou seu segundo tento desde que voltou ao São Paulo e deixou o jogo mais tranquilo para seu time.

No segundo tempo, com 2 a 0 de vantagem, a equipe da casa recuou, enquanto os visitantes se jogaram à frente, em um esquema com três atacantes e um ímpeto quase suicida. Quando se atirava ao ataque, o Criciúma deixava sua defesa completamente aberta, a mercê dos contra-ataques são-paulinos. Os catarinenses só precisavam de um gol para levar a decisão para os pênaltis, mas foram os paulistas que mais se aproximaram do terceiro. Alan Kardec chegou a perder uma chance na cara do goleiro, assim como Michel Bastos. No final, valeu a maior experiência dos donos da casa que conseguiram segurar o resultado.

O melhor: Rogério Ceni. O capitão tricolor fez boas defesas quando foi acionado e teve presença de espírito de jogar como um líbero em pelo menos duas situações-chave na partida. Se não fossem essas duas defesas fora da área, em que Ceni usou os pés e a cabeça para afastar a bola, o Criciúma podia ter feito seu gol.

O pior: Souza. O volante são-paulino entrou em campo perdido, errou posicionamento e perdeu bolas simples no meio de campo.

Chave do jogo: a eficiência da defesa tricolor. No final, venceu o time cuja defesa resistiu mais às investidas adversárias. Os beques do Criciúma até jogaram bem, mas falharam em momento cruciais, que resultaram nos gols do jogo. A zaga do São Paulo, mesmo quando falhou, contou com a segurança de Rogério Ceni para afastar os perigos.

Toque dos técnicos: Antes do jogo, Muricy Ramalho perdeu Alexandre Pato, vítima de uma gripe de última hora. Em seu lugar, escalou Osvaldo, que jogou bem aberto pelas pontas. Mesmo assim, o técnico tricolor teve dificuldade de vencer o esquema defensivo de Wilson Vaterkempe. No final, para garantir a vitória parcial, Muricy tirou Kaká e levou Michel Bastos para o meio-campo, congestionando e fechando esse setor.



Para lembrar:

Fim do trauma. A vitória do São Paulo encerra uma sequência de três vexames em eliminações no Morumbi para times menores. Desde o ano passado, o time tricolor vem perdendo mata-matas para Ponte Preta, Penapolense e Bragantino válidos pela Sul-Americana e pela Copa do Brasil.. Mas o Criciúma não teve a mesma sorte.

Troca no apito. O árbitro escalado para comandar o jogo era Sandro Meira Ricci, o representante brasileiro na última Copa do Mundo. Mas quem subiu ao gramado foi o mineiro Ricardo Marques. De acordo com o perfil @arbitrointernacionl do Twitter, que acompanha a arbitragem sul-americana, Ricci sofreu uma lesão muscular e não se recuperou a tempo.

Fair play. O jogo não teve cartões e nem lances violentos.

Chile à vista. O vencedor pegará nas oitavas de final um time chileno. O adversário sairá do duelo entre Universidad Catolica e Deportiva Huachipato.



UOL ESPORTE

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